Memória: Indústria de Òleos NATA S.A.

Quem se lembra do cheirinho de amendoim na saída para Campo Mourão?

Fonte:  Guia "Ouro Verde" 1973-1974 - Guia Informativo Profissional Nipo-Brasileiro

Homenagem ao 60° Aniversário da Imigração Japonesa do Paraná.

(Acervo pessoal de J.C. Cecilio)

Maringá, 23 Anos: Uma festa memorável

10 de Maio de 1970, foi um dia muito festivo em Maringá quando a cidade-canção completava seus 23 anos de fundação. Além do tradicional desfile, aconteceu um grande evento esportivo internacional, onde Grêmio Esportivo Maringá recebeu o time do CSKA da Bulgária, em jogo amistoso no Estádio Municipal Willie Davids. A abertura foi feita pela Fanfarra do Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal e do Corpo de Bombeiros de Curitiba, da Banda Municipal Joubert de Carvalho e paraquedistas pousando no belo e verdíssimo gramado. Convidados especiais estavam presentes neste evento:  Miss Brasil 1969, Vera Fisher, do futuro governador (então nomeado) Haroldo Leon Peres e do superintendente da CBD (atual  CBF), sr. Mozart Di Giorgio. O estádio esteve totalmente lotado e o placar final:  0 x 0.
Recorte:  Foto: Luiz Nora / Texto: Osvaldo Lima - extraído da Revista Jogada Maior do Esporte. N° 5 (1970).  Editada pela S.A. Gazeta de Notícias - Rio de Janeiro  (Acervo pessoal de J. C. Cecilio) 

Atenção Goleiros: Edgar voltou!

Este atleta foi considerado o "Pelé paranaense". Ele é Edgar Belisario, o maior artilheiro paranaense daquela época, final da década de 1960 e início de 1970. (clique na imagem e leia o texto)

Hércules Goes escreveu em janeiro de 2011:

O Campineiro Edgar Belisario de 73 anos,atualmente atuando numa industria quimica em Ponta Grossa no Paraná,~e o maior artilheiro de todos os tempos do estado do Paraná.Iniciou a carreira no esporte Clube Guarani de Campinas e jogou no Gremio Esportivo Maringá de l964 a l970 e foi o vice artilheiro do Brasil, sõ superado pelo legendario Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento o Pelé .

Neste período em que o Santos de Pelé e Cia,Palmeiras e o Botafogo eram a base da seleçao brasileira de futebol,o Gremio de Maringá do artilheiro Edgar ,craque da camisa 9 ,acabou roubando a cena dos times que pontificavam na base do futebol brasileiro.

Como nao havia na época a criaçao do campeonato brasileiro nos moldes atuais, a CBF , antiga CBD organizava varios torneios regionais e que iam abrindo espaços para os campeonatos que depois se unificariam no brasileirão.

Alguns destes torneios abriam vaga para os times regionais disputarem vaga na Taça Libertadores da América.

Em l969, um ano antes da famosa seleção canarinho que jogou na Italia e conquistou o tri campeonato mundial,um time do Estado do Paraná, que era base economica da cafeicultura, estava dando verdadeiro show nos campos de futebol e graças a uma combinaçao de jogos, onde disputaram o Santos de Pelé,o Botafogo de Garrincha e o Sport de Recife , o Gremio Esportivo de Maringá acabou goleando na final do Torneio Robertinho ,por duas vezes,conhecido como antecessor da Taça de Prata e acabou sendo o campeão brasileiro daquele ano.

Com a unificaçao dos títulos levantada pelo SFC e Palmeiras, os paranaenses, estão levantando farta documentaçao para provar e ter o reconhecimento da CBF para que o time maringaense seja considerado de fato e de direito o verdadeiro campeão do Brasil, desbancando o Coritiba que levou o titulo apenas em l985.

Edgar de Oliveira Belisário, o artilheiro de l965,rivalizava com Alcindo do Gremio,Prado do Sao Paulo, Flavio do Corinthians e ficando atrás do extra jogador , Edson Arantes do Nascimento, Pelé e a exemplo do companheiro Mauricio Gonçalves, goleiro campeão do GEm , o artilheiro entende que a sagração e homologação deste titulo ao seu time paranaense ~e questao de Justiça, ja que os remanescentes dos campeões merecem o reconhecimento e as glorias que pertencem ao clube do Paraná, mesmo estando atualmente na Terceira Divisão.O ataque temido pelos adversarios era de Luiz Roberto,Edgar ,Celio,Zuring e Valtinho, marcando epoca no futebol do Estado do paraná e no futebol brasileiro, uma das glorias do planeta.

Edgar apenas quer contestar as noticias veiculadas por alguns setores, porquanto afirma e lembra com segurança que jogou contra o Santos Futebol Clube em Maringa e que nao houve w x o , na disputa da final do Robertinho, ja que o time peixeiro foi o campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa.

O Gremio de Maringá nesta época de ouro, jogava e ganhava de selecoes como a Russia, Bulgaria,Romenia e times como o Rapid de Viena e dava show nos campos,além de ter jogado no Maracana na preliminar de jogos da selecao canarinho contra a Venezuela,em l966.

O Gremio de Maringá de Edgard Belisario e Cia Ltda , como o grande artilheiro e condutor do time entra definitivamente na disputa pelo tardio,mas, importante reconhecimento de um titulo brasileiro que ganhou nos campos no peito e na raça e que servirá de exemplo para as geracoes atuais de admiradores do esporte bretão ,admirado em todo o mundo.

O torneio ganho pelo GEM é o Torneio dos Campeos da CBD e que garantia a vaga para o time paranaense disputar a Taça Libertadores da América em l970.

Hércules Goes – jornalista

Foto: Luiz Nora / Texto: Osvaldo Lima - extraído da Revista Jogada Maior do Esporte. N° 5 (1970).  Editada pela S.A. Gazeta de Notícias - Rio de Janeiro  (Acervo pessoal de J. C. Cecilio)

Final de Novela: "Eu assisti em São Paulo..."

Me recordo quando ainda era uma criança, mas muito televisiva na época, ouvia vizinhos e parentes contarem que "assistiram em São Paulo" finais de novelas ou programas de tv. Muito antes das TVs em rede,  quase toda a programação era gravada em videotapes, então demorava semanas até as fitas magnéticas chegarem nas cidades do interior do Brasil, e isso acontecia, também em Maringá, é claro.

Este recorte ai em cima é da Folha do Norte do Paraná, jornal maringaense de 1970 que numa coluna da página de variedades o autor escreve:  "Eu não queria contar pra ninguém, mas já que insistem, eis a dica: quem matou Nívea Louzada, na novela "Assim na Terra Como no Céu" foi o Mariozinho Louco. O pessoal viu o fim da Novela em São Paulo e contou para todo mundo. Por isso não existe qualquer problema eu também contar"

Nota:  Nívea (Renata Sorrah), uma garota típica do bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro, se apaixona pelo padre Vítor (Francisco Cuoco). Ele larga a batina para viver um romance com ela, mas logo no início da trama, a moça é encontrada morta na praia. A identidade do assassino só foi revelada no final da novela. O crime foi cometido por Mariozinho (Osmar Prado).

Foto/recorte: Folha do Norte do Paraná (1970) - Acervo pessoal de J. C. Cecilio

Maringá Velho em 3 Tempos

1947

1968

1970

Imagens tomadas de quase o mesmo ângulo mostra a Avenida Brasil  no bairro do Maringá Velho  em 1947, 1968  e 1970.

Em 1947, do lado esquerdo notamos o prédio em madeira do Cine Primor, que ficava ao lado da Casa Maringá (ambos estabelecimentos da família Jorge Abrão). Mais ao fundo uma construção em alvenaria onde estava instalado o Hotel Verdadeiro (de João Verdadeiro) e o Bar do Ponto, além de outras lojas, como a Casa São Jorge (de Nassib Haddad). Do lado direito,  ao fundo, estava a Rodoviária e o Hotel Maringá (de José Ignácio da Silva). 

As duas últimas fotos foram feitas a partir de uma das janelas do Hotel NSra. de Fátima (atualmente Hotel Fátima), todas voltadas para o sentido do "Fim da Picada". Em primeiro plano, do lado esquerdo, a Farmácia Santa Márcia (de Nelson Abrão), o Bazar São Geraldo (de José Geraldino Cecilio) e a Casa da Lavoura (de Braz José Jorge). Do lado direito notamos uma placa da Sapataria 3 Irmãos (da família Scramin) e o prédio mais alto e destacado ficava a Panificadora Nakai.

Fotos: 1947 e 1970:  Museu da Bacia do Paraná  (sem créditos do autor) 

1968: extraída de "Maringá: Os Alicerces do Futuro" -  Revista especial da gestão do prefeito Luiz Moreira de Carvalho, 1968 - Editora Revista. NP.  (provável autor: Milton Cavalcanti, Moracy Jacques ou Teofanes Nohama)

(acervo pessoal de J. C. Cecilio)

Memória: Biblioteca Pública Municipal de Maringá

A Biblioteca Pública de Maringá foi criada através da lei nº 48/57, e instalada em 7 de setembro de 1963, na Av. Duque de Caxias esquina com a Av. 15 de Novembro, com registro no INL nº 9613.

Na imagem acima, de 1968, vemos o recinto de leitura, repleto de estudantes. Somente em 30 de novembro de 1975, foi inaugurada a Biblioteca Municipal Prof. "Bento Munhoz da Rocha Netto", com dois pavimentos, juntamente com o anfiteatro na Av. XV de Novembro, tendo ampliação de um andar em 1986. 

Foto: (provável autor: Milton Cavalcanti, Moracy Jacques ou Teofanes Nohama) -  Maringá: Os Alicerces do Futuro - Revista especial da gestão do prefeito Luiz Moreira de Carvalho, 1968.    (Editada pela Revista NP)                        (acervo pessoal de J.C.Cecilio)

Fonte: venus.maringa.pr.gov.br

Importância histórica: Cemitério dos Cablocos

Em minha última visita a Maringá, resolvi explorar lugares importantes porém esquecidos pela maioria da população. Desta feita fui visitar nos arredores de Paiçandu (6 Km), o "Cemitério dos Caboclos", bem às margens da rodovia  PR 323. Com um ar de abandono e imagens de santos destroçadas e com apenas uma cruz baixa em  pé, onde, estava rodeada de comida e garrafas PET cheias d'água e destampadas. (provavelmente oferendas aos santos ou orixás). 

Pelo que soube, este foi um dos primeiros cemitérios da região nos anos 1940-50, muito antes da fundação de Maringá. O muro e a grutinha foram feitos com pedras sobre pedras dando um ar quase medieval hoje rodeado por uma plantação agrícola e a poucos metros da movimentada rodovia.

Para muitos, o lugar é sinistro e mal-assombrado, o que provoca medo e dá asas à imaginação de muita gente na região. Muitos "causos" são contadas por várias gerações como aparecimento de vultos em locais de acidentes na mesma rodovia. Para mim, o local é de uma grande importância e merecia um melhor cuidado e preservação, além de oferecer uma rica pesquisa histórica por parte de escolas e universidades regionais. Será que há algum registro escrito de pessoas sepultadas naquele local ?

Fotos:  J.C. Cecilio (2012)