"eu defenderei até a morte o novo por causa do antigo e até a vida o antigo por causa do novo.
O antigo que já foi novo é tão novo como o mais novo."
Augusto de Campos (Verso, reverso, controverso)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Anos 1950: Os famosos bandidos do Norte do Paraná


A dupla mais temida do norte do Paraná, naqueles tempos: Luiz Fernandes o famigerado "Carne Seca" e Geraldo Fonseca de Souza, o famoso "Diabo Loiro"

João dos Santos, Sebastião de Souza Pereira, vulgo "Bastião Minhoca" e Expedito José da Silva, vulgo "Caxambu"

Odair José da Silva e José Tiago Fernandes, vulgo "Zé Tiago"

José Vitório Silva, vulgo "Zezinho" e Augusto Vizoni, vulgo "Angelim"

As quadrilheiras Aladir Alves Oliveira e sua mãe Maria Benedita Moreira, vulgo "Dona Ditinha"

Na década de 1950 estes bandoleiros horrorizavam muitas cidades da região do norte do Paraná, roubando, violentando, ferindo e matando muita gente. Agiam em Maringá, Mandaguaçu, Jussara, Apucarana, Arapongas, Campo Mourão, Astorga, Mandaguari, Peabiru e muitas outras do "Setentrião Paranaense".  O mais famoso facínora era Luiz "Carne Seca" que havia foragido da Penitenciária da Ilha Anchieta, no litoral paulista e residiu em Maringá, Apucarana e Mandaguaçu.

Em 6 de abril de 1958 foi preso Augusto Vizoni ou "Angelim", que prestando declarações à polícia, possibilitou a localização de Luiz "Carne Seca". "Angelim" era o motorista do bando, que vendo-se perdido acabou indicando o paradeiro do chefe ("Carne Seca"). Assim, seguiram para Bela Vista do Paraíso, numa forte caravana composta por autoridades da região: Dr. Miranda Assy (delegado especial de capturas), Rodolfo Uhdre (delegado de Mandaguaçu), agente Sebastião Roque, tenente Luiz da Costa Marques (delegado de Arapongas), escrivão Deodato Torres Nogueira, tenente Otacílio Ferreira Branco, tenente João Guimarães Cordeiro e outros.
Já entardecia quando foi completado o cerco da casa onde se aquartelava o "bandido-mor" da quadrilha, sendo evacuadas as casas vizinhas para maior segurança. Sem que fosse detonada sequer uma bala, o facínora "Carne Seca" entregou-se "docilmente" às autoridades armadas, juntamente com mais um elemento, que para surpresa dos policiais, posteriormente identificado como Geraldo Fonseca de Souza, o famoso bandido "Diabo Loiro", considerado morto anos atrás num levante de presidiários da Ilha Anchieta.

A  "lista tenebrosa" do norte do Paraná:
Luiz Fernandes, vulgo "Carne Seca",  Geraldo Fonseca de Souza, vulgo "Diabo Loiro", Sebastião Olindo de Oliveira, vulgo "Bastião Branco", José Alarcão, vulgo "Diogo", Reinaldo de Carvalho, vulgo "Cabeça Branca", João Oliveira, vulgo "Joãozinho Cozinheiro", Ernesto Galhardo Queiroz, vulgo "Galhardo", Maria Benedita Moreira, vulgo "Dona Ditinha", Aladir Alves Oliveira (filha de "Ditinha"), Antonio Vicentino, vulgo "Antonio Velho", Sebastião Fidelis, vulgo "Bastião Careca", Antonia Tolêncio, Bertolino Bispo dos Santos, Sebastião de Souza Pereira, vulgo "Bastião Minhoca", Expedito José da Silva, vulgo "Caxambu", José Tiago Fernandes, vulto "Zé Tiago", Augusto Visoni, vulgo "Angelim", João Rosa, vulgo "Anjinho", José Vitório dos Santos, vulgo "Zezinho", Dino de Tal, Miguel Gomes Batista, vulgo "Bastião Preto" ou "Bastião Louco", João Alarcão Filho, Luiz Frangueiro, Elizabete Trindade, Abdala Saddi, Odair José da Silva e Geraldo José de Paula, vulgo "Bocage". 

As fotos e texto (condensado pelo blog) são de  João A. Corrêa Júnior.

Jornal Diário da Noite - São Paulo, 22 de dezembro de 1951.

Fonte:  Revista "A Estampa do Norte do Paraná" - Abril de 1958 (Ano 1 - N° 3)
           Diretor: Ivens Lagoano Pacheco / Diretor Comercial: Pedro B. Lamas
           Redatores: Hester Rocha Ferreira (Feminina); Ivette Gusso Lopes (Sociais);
           José Zimmermann (Esportes); Geraldo Veronezi (Cinema); Nelito Chagas (Rural);
           João A. Corrêa Júnior.
           Departamento Fotográfico: Jasson Figueiredo / Inácio Takeuti
           Redação e Administração (O Jornal) - Rua Aquidaban, 2210 - Maringá, PR
           Impressão:  Editora Cartaz - Curitiba, PR 
         Jornal Diário da Noite - São Paulo, 22 de dezembro de 1951.

Acervo particular de J. Cecilio - exemplares adquiridos em Curitiba, PR em 2013.

16 comentários:

  1. Ruth Bolognese, do portal ParanaOnLine:

    "Quase 20 anos depois vim descobrir que o "Carne Seca" cumpriu pena na Penitenciária Central do Estado e por lá deve ter morrido. Do "Diabo Loiro" não se sabe o destino até hoje."
    mais...

    http://www.parana-online.com.br/colunistas/292/67105/

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  2. éra exatamente oque eu procurvava obrigado

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  3. Conheço o homem que prendeu Carne seca e Diabo loiro,
    ele esta vivo

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    1. O delegado? Tem o contato? poderia me passar? Obrigado.

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  4. Disem que
    diabo loiro e pastor agora

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Agora em 2020 eu não sei, mas em 1968 ele e o Carne Seca havia se tornado membros da Assembleia de Deus, digo isso com firmeza porque eu os conheci nessa época na cidade de Arapongas quando vieram dar seus testemunhos na Assembleia.

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    3. Muito bom. Obrigado pela informação.

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  5. Eu cheguei neste artigo pela minha vó ele realmente se converteu hahaahahah, ela frequentava a mesma igreja

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  6. O carne seca saiu da penitenciaria de piraquara em 1983,foi para Curitiba e voltou a cometer crimes, foi preso e posterior solto devido à sua idade avançada e problemas de saúde. O diabo loiro aprendeu a profissão de protetico e confeccionada dentadura para os presos, era crente e morava próximo da penitenciaria de piraquara. Ambos já falecidos.

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  7. O carne seca saiu da penitenciaria de piraquara em 1982, e foi morar em Curitiba. Voltou a vida criminosa, foi preso, mas devido a sua idade avançada e problemas de saúde, a justiça do Paraná, decidiu conceder lhe a liberdade, logo em seguida faleceu. O diabo loiro, trabalhou na penitenciaria como ajudante do dentista, aprendeu a profissão de protético e fazia dentaduras para os presidiários, mediante pagamento e chegava até mesmo a extrair dentes em algumas situações, era crente e morava na periferia de piraquara, ambos eram calmos, educados e não gostavam de falar sobre o passado na criminalidade.

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  8. O carne seca, saiu da penitenciaria de piraquara em 1982. Mudou para Curitiba, mas infelizmente voltou para vida criminosa, roubando e comprando objetos roubados, foi preso, mas devido sua idade avançada e problemas de saúde, a justiça do Paraná, numa atitude humanitária lhe concedeu a liberdade e logo em seguida ele faleceu.

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  9. Muito obrigado pela informações. Em breve vou atualizar esta matéria. Agradeço!

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  10. foi carne seca mesmo,mesmo depois de velho ainda cometia crimes,nunca aprendeu,nem depois de velho

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  11. Depois de tantos crimes terríveis este desgraçado de bandidos entra na religiao de crentes dando uma de santo DEUS SINTO MUITO ME ENVIA PRO INFERNO LÁ VAI SER MELHOR DO QUE SEU CEU APESAR QUE EU NÃO ACREDITO EM DEUS E NEM EM SANTO ALGUM PREFIRO SER ATEU ATÉ O FIM DA MINHA VIDA

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