O jornalista Sebastião Nery em um dos seus livros "Folclore político 2" enumera vários causos sobre os políticos de cada estado brasileiro e o Paraná está lá com quase uma dezena deles:
"Anibal koury era secretário-geral da Arema no Paraná e o homem forte do governo. Controlava Assembléia e Palácio. Paulo Pimental, governador, não dava um passo sem perguntar a ele. E Aníbal manobrando os cordões.
Um dia começaram a surgir boatos. Aníbal ia ser cassado. A Arena fica nervosa e excitada. Paulo Pimentel não acredita e promove um jantar de solidariedade a Aníbal. Termina o discurso assim:
_ Aníbal, dizem que você é maquiavélico. Concordo. Você é de fato maquiavélico. Mas no bom sentido.
Uma semana depois, Aníbal Koury, secretário-geral da Arena e pano de fundo do governador, foi preso e cassado. Por corrupção. No bom sentido."
Outro:
"Leonidas Borio, presidente do IBC, e Alex Beltrão, assessor do IBC, foram à Guatemala. Recebidos pelo presidente da República, Borio falou seu português do norte do Paraná. Alex preferiu falar em espanhol. O presidente ficou curioso:
_ Dr. Borio, os senhores não são da mesma região?
_ Somos, sim. Do Paraná, no sul do Brasil. Por quê?
_ Porque o português do senhor eu compreendo muito bem. Mas o do Dr. Alex não consigo entender."
Mais outro:
"Padre Aneiko, deputado estadual pelo PDC, vinha do Paraguai. Na fronteira de Foz do Iguaçu, encontrou-se com duas amigas, que lhe pediram para passar com uns perfumes de contrabando. Amarrou no cinturão, embaixo da batina. Na Alfândega, o fiscal pergunta:
_ Alguma mercadoria, padre?
_Não.
_ E embaixo da batina?
_ O que tem aqui em baixo é dessas duas moças. Quer ver?
Não queria."
Fonte: "Folclore Político 2" - NERY, Sebastião. Record. Rio de Janeiro - 1976.
Caricatura por Nássara. (Acervo pessoal de J.C. Cecilio)
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